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Alma de um VagaMundo

quarta-feira, maio 18, 2005

Florença III - da Casa de Dante à Ponte Vecchio 



Partindo da Piazza della Signoria e caminhando para norte pelas pequenas ruelas de Florença acabamos por encontrar a casa do autor da Divina Comédia. É somente uma pequena casa medieval onde na teoria terá nascido o famoso escritor, mas foi uma agradável surpresa encontrá-la. No fundo Florença é assim, revela-nos um pequeno tesouro ao virar da esquina, onde menos o esperamos encontrar. Relativamente perto encontra-se também a pequena e pitoresca igreja onde Dante se casou. Aí é possível ver algumas pinturas que retratam a união do casal. Adorável!



Continuando a digressão fomos dar a Santa Croce. Esta igreja gótica do século XIII, contém os túmulos e monumentos de muitos florentinos famosos, como Miguel Ângelo (ver fotografia), Galileu e Maquiavel, bem como frescos de Giotto (um deles decora o túmulo da esposa de Napoleão). Nota ainda para a Cappela de Pazzi, no claustro que ladeia a igreja, que é uma verdadeira obra-prima de Brunelleschi.



De Santa Croce até ao rio Arno é um pulinho. Desculpa mais do que perfeita, para fazer uma caminhada ao largo do mesmo, tendo no horizonte a ponte mais famosa de Florença, a Ponte Vecchio. Esta ponte, que já data do século XIV, foi a única, na cidade, que não foi destruída na 2º Guerra Mundial. No meio da ponte existe uma infinidade de pequenas lojas de ourives onde se encontram jóias de todas as espécies e feitios. A fazer lembrar o famoso livro de Suskind, “O Perfume” (é só trocar as ourivesarias pelas perfumarias).



Mas a magia desta ponte não acaba na sua unicidade, na sua beleza, na vista fantástica que dela temos, na voz do cantor que decora a rua... a magia desta ponte não acaba pois habita no coração palpitante dos amantes que a percorrem, que lhe dão vida. E fazendo jus a isso nasceu uma tradição, que é a de prender à estátua do famoso ourives, Benvenuto Cellini (que se encontra no meio da ponte), um cadeado com o nome dos amantes gravado. Uma vez fechado o cadeado, os enamorados devem atirar a chave para as águas do Rio Arno. Conta a lenda que ficarão unidos para todo o sempre, que nunca mais serão libertados do Amor...



E assim termina a nossa visita a Florença onde uma chave eternamente repousa; onde um amor eternamente desperta...

A. Narciso @ quarta-feira, maio 18, 2005

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2004 by Alexandre Narciso

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